Quem nunca assistiu ao filme "A Fantástica Fábrica de Chocolates"?
Quem nunca sonhou em encontrar Willy Wonka e sentir na sua loucura mágica aquilo que faz com que seja possível saborear doces magníficos?
Ah... os doces...
Precisamos dos componentes químicos do açúcar, claro. Mas estes componentes químicos podem estar presentes em diversos alimentos. Então por que precisamos do doce? O doce é sempre algo ligado ao prazer e ao desejo. O doce alimenta a fome do espírito catártico do homem.
Comer por prazer…
Eis o ponto da discussão!
Eu tenho admiração por dois “Willy Wonkas” da nossa realidade. Pessoas dedicadas a fabricar produtos que cumprem impecavelmente com sua funcionalidade mas, alem disso, buscam explorar o prazer e o desejo de quem os consome (uma tendência atual, que resulta numa grande estratégia de marketing).
O primeiro é Steve Jobs, grande chefão da Apple Computers. Apesar de ter fama de chato e de sua firma não ser a mais popular dentre os defensores de um mundo mais verde, seus produtos são absolutamente funcionais e lindos. Seja pelo computador em si, seja pelo sistema operacional. Uma curiosidade é um termo muito usado para descrever certos aspectos do sistema operacional: “eye candy”. "Eye candy is something that is most remarkable for its visual appeal" - Wikipedia.
“Doce para os olhos”. Interessante analogia!
O outro é David Monette. Monette assina a marca mais cobiçada dentre todos os fabricantes de instrumentos de metal. Trombones, trompas, euphoniuns e até saxofones de outras marcas, por melhores que sejam, ainda habitam uma esfera inferior no “cosmo industrial” de instrumentos musicais.
Físico acústico, mestre de Yoga e fabricante de trompetes, David Monette produz os trompetes mais bem acabados, gostosos de se tocar e belos de se olhar.
Por estes produtos não se paga apenas por aquilo que eles deveriam fazer, por essência. Paga-se por aquilo que o produto proporciona durante o seu uso.
Logicamente, as duas coisas precisam estar andando juntas durante o processo de produção.
Muita gente pode pesquisar no Google e achar 1.000 discussões justificando inúmeras razões pelas quais se justifica a compra de um computador Apple. Mas me sinto no dever de divulgar e argumentar aqui sobre algumas razões que justificam cada centavo do investimento num trompete produzido por Dave Monette
Em 1999, eu pude conhecer Dave Monette, o Willy Wonka dos trompetes. Foi quando eu fui buscar meu trompete feito por ele:
Apresento aqui “A Fantástica Fábrica de Trompetes de Dave Monette”
Como um amante dos prazeres do espírito e bom comedor de chocolates, quero confessar aqui minha satisfação por poder tocar nestes 8 anos num magnífico trompete produzido por Dave Monette.
Bom, a real razão deste post veio da coceira que estou por esperar meu novo bocal que vai chegar pro Natal!!!
Que todos tenham um Natal apetitoso para o corpo e a alma!!!
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Às moscas...
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Vídeo de novembro...para os amantes da música.
Vi este vídeo no Orkut do grande violonista André "Ratto" Rodrigues. Não sou o maior fã do Hermeto Paschoal, daqueles que têm todos os discos e escutam cada um deles do começo ao fim. Mas este vídeo traz algo que é o que me motiva a continuar a estudar música: a alegria de tocar.
Muita gente confunde boa música com maestria e virtuosismo. A música que me move (independente do estilo) tem sempre algo que está ligado com a alegria.
Comecei a tocar trompete por causa do Louis Armstrong e, recentemente, descobri outro grande trompetista das antigas - ainda vivo (também toca flugelhorn) que me agrada demais: Clark Terry.
Tanto Armstrong como Terry tem uma maneira especial de tocar, pois tocam se divertindo. Algumas frases do instrumento parecem contar uma piada... outras te fazem pular da cadeira. Não é à toa que Armstrong foi condecorado pela UNESCO com o título de "Embaixador da Boa Vontade". Não é à toa que Clark Terry é chamado de "the quiet & happy jazz trumpet genius".
Este vídeo do Hermeto me fez lembrar dos motivos que me fizeram começar a ouvir e tocar música.
Fica aqui o meu obrigado para o André "Ratto" Rodrigues, por ter colocado este vídeo dentre os favoritos dele.
...agora passa a ser também um dos meus.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Vídeo da semana!!!
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Site da Soul na Goela está no ar.
Com quase 2 anos de existência, minha banda vai bem e está me motivando musicalmente tanto no trabalho com meu instrumento (o trompete) como no trabalho de naipe de metais. Todas as partituras tem arranjos escritos pelo maestro Lucas Jardim e tenho o prazer de dividir o palco com o saxofonista Ronalde Monezzi, da Unicamp, e o trombonista Paulinho Santos Alves, de Mogi Guaçu.
Quem me acompanhou nos tempos da Mojo Express está convidado a acompanhar também esta turma bacana que compõe a Soul na Goela.
Brinco com o público que costumava acompanhar a Mojo dizendo o seguinte: a Mojo tinha um slogan que dizia "blues, soul e rock n' roll". Quando a banda acabou em 2005, repartimos os bens. O Gazela ficou com o blues, o Negão (baixista) com o rock n' roll e eu com o soul.
Além do soul, a Soul na Goela toca também funk e sons nacionais na linha black, como velharias do Roberto Carlos e Gerson King Combo. Participamos também de um tributo a Miguel de Deus em junho deste ano.
Bom, tá registrada aqui a inauguração do nosso site. Entrem e cadastrem o e-mail de vocês para que recebam as datas de nossos shows.
Quero aproveitar pra agradecer e linkar aqui o site do Gui O´Connor que gentilmente está cedendo a hospedagem do site da Soul na Goela no Dreamhost.
Lembranças do trompetista-bonsai, André.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Daniel Ferreira, o video-maker.
Daniel Ferreira é um grande amigo que se interessa por linguagem e comunicação, e agora um criativo video-maker.
Acompanhem sua produção em:
http://www.youtube.com/user/portfolio7luas
Seu último vídeo é o ótimo "City Music", feito com sua modesta web-cam e sua vasta criatividade. Divirtam-se.
Acompanhem sua produção em:
http://www.youtube.com/user/portfolio7luas
Seu último vídeo é o ótimo "City Music", feito com sua modesta web-cam e sua vasta criatividade. Divirtam-se.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Novo livro do Laerte
Como já falei várias vezes aqui no blog, meu cartunista preferido é o Laerte.
Foi lançado esses dias, pela Conrad Editora, o novo livro dele: meu mais novo objeto do desejo.
...já, já vou resolver esta questão e voltar com meu exemplar pra casa.
Na FNAC, R$ 36,00
Segundo a resenha de Marcelo Naranjo, o livro traz as memórias do cartunista, reveladas na forma de crônicas gráficas, tudo organizado pelo filho de Laerte, Rafael Coutinho. Uma série de tirinhas recorda um "mundo perdido", entre a primeira comunhão e as primeiras noções de arte, entre Mozart e os jogos de futebol, entremeados por lembranças resgatadas do fundo do baú: fotografias, desenhos de infância, recortes de revistas, dispostos lado a lado com as tirinhas.
Lassie, Além da Imaginação, Aventura Submarina, regras para a guerra entre meninos e meninas, desenhos bíblicos copiados à mão, a morte de John Kennedy, o telão no centro da cidade durante a Copa do Mundo de 1966 e muito mais.
De acordo com a editora, a obra apresenta "Uma visão terna, sensível e também muito sincera de uma época que não existe mais, quando o mundo chegava a todas as casas filtrado pelos raios catódicos em preto-e-branco de uma televisão valvulada".
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
What Are Little Boys Made Of?
“What Are Little Boys Made Of?”
É uma canção de ninar do início do século 19:
What are little boys made of, made of?
What are little boys made of?
Snips and snails, and puppy-dogs’ tails,
That’s what little boys are made of.
What are little girls made of, made of?
What are little girls made of?
Sugar and spice, and everything nice,
That’s what little girls are made of.
---------
“De que são feitos os meninos?”
De que são feitos os meninos? De que são feitos?
De que são feitos os meninos?
Lascas e lesmas, e rabinhos de filhotes de cachorro,
Disso são feitos os meninos.
De que são feitas as meninas? De que são feitas?
De que são feitas as meninas?
Açúcar e tempero, e tudo de bom,
Disso são feitas os meninas.
---------
Pois é! Num mundo cheio de meninos e meninas, nada melhor do que as diferenças que justificam a atração mútua!
Enquanto os meninos fazem molecagens, campeonato de cuspe, saltam de bicicleta, ralam os joelhos, põe fogo nas coisas (para ver como é bonito o fogo), colam esparadrapo na campainha do vizinho, fazem campeonato de quem come mais pizza de alho…
…as meninas ficam se “adocicando” e se “temperando” com tudo de bom e do melhor.
A moça, doce como só, acabou me convencendo a acompanhar na TV um seriado destes de TV a cabo… algo mais “de menina” do que muitas meninas aceitariam admitir - até mesmo ela própria! Digo isso pois as “coisas de menina” dela são muuuuito mais legais do que isso!
America’s Next Top Model é um seriado do tipo destes Reality Shows que estão na moda. Mas o prêmio para a “modelo escolhida” é ser contratada “de verdade” por uma super agência de modelos. O divertido é ver a competição e as intrigas! As crises quando uma delas aparece com uma espinha e desmorona de choro. As dúvidas sobre ser “feia ou bonita suficiente” e as minhocas que colocam, "estrategicamente", na cabeça umas das outras.
…bom, isso sem falar nas provas que elas tem que fazer, e, especialmente, na bizarrice do time de jurados (a melhor parte, na minha opinião). Tem um que é um cara travestido, mas que é o especialista em postura e “condicionamento passarelístico”; um outro cara foi modelo e desfilou para Giorgio Armani, Valentino, Gaultier, Kenzo, Donna Karan e Ralph Lauren; o outro parace um daqueles personagens do Dragon Ball Z; e, por fim, a (hoje tiazona) Twiggy, famosa modelo da década de 60, e “ícone” (com àspas, pra não ofender meu professor de semiótica) da moda modernista londrina.
Me diverti muito assistindo a três episódios…e (confesso) fiquei curioso para saber como vai acabar!
Não me envergonho disso não! Aliás, já dei o troco! Levei a moça para ver um filme "de menino" no cinema: Transformers. Quer coisa mais “de menino” que isso? Robôs alienígenas, que viram carros bacanudos, lutam para que outros robôs alienígenas malvados não destruam a terra!!!
É uma troca justa. Tem coisas que fazemos pela simples manutenção da característica cultural fundamental de nossos gêneros…mas também fazemos para que as meninas percam o nojo de lesmas e para que os meninos saibam apreciar o cheiro das flores.
sexta-feira, 13 de julho de 2007
segunda-feira, 2 de julho de 2007
Ferro velho em miniatura.
Aqui vocês poderão conferir um dos itens de colecionador que mais me divertiu recentemente. Trata-se de carrinhos em miniatura, na escala 1:64, naquele estilo "matchbox" que costumávamos brincar quando éramos crianças. Mas o diferencial é que são miniaturas perfeitas de carros de "ferro velho". As marcas da ferrugem, manchas do tempo e sujeira são representadas com realismo em carros que foram famosos em sua época, mas que aqui se apresentam como representações colecionáveis de sucata! Uma idéia singela e criativa!
O modelo da foto foi um presente do grande amigo Chaplin e trata-se de um Ford Mustang de 1970. No vidro está escrito: " No engine. Make an offer!". Mantenho na cartela para não empoeirar. Hehehe.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Neve e chuva numa noite ensolarada.
Primeiramente, fiquei muito contente de receber reclamações sobre o tempo que passei sem escrever. Bom, digamos que escrevo por necessidade. Escrevo, basicamente, quando aquilo que não acontece “lá fora” só pode acontece aqui, dentro do blog. Pois a realidade daqui, normalmente, é diferente da realidade lá de fora e é assim mesmo que costuma ser, pois nunca pretendi aqui ser justo com a “realidade”. Ao menos não com a “realidade” lá de fora.
Mas tenho mais algumas coisas para dizer sobre este encontro de realidades. Na verdade, não são palavras minhas. São roubadas. Mas como diria Marcel Duchamp, o que vale é trazê-las de seu lugar comum até aqui, para que aqui adquiram novo sentido:
“Construímos a nós mesmos e construímos uns aos outros para além do tempo.
A maneira como olhamos as coisas afeta aquilo que olhamos por vias muito sutis. Por vias muito sutis, a maneira como prestamos atenção em nós e nos outros muda-nos continuamente em algo novo.
Tudo o que podemos pensar ou perceber é trazido à percepção como nossos pensamentos individuais.
Cada construção de universo individual contém igualmente um número indefinido de outros universos, com todas as variações e todas as outras possibilidades.
A realidade “ordinária” que percebemos não é um universo único. É a harmonia de fases dos movimentos de um número indefinido de universos. A harmonia de fases que é percebida como “realidade”.”
Não, isso não foi tirado de nenhum livro de auto-ajuda. Mas, quase (e pelo uso da palavra “quase” entenda-se um bom-humor sarcástico). Esta é uma passagem do livro “Espaço-Tempo e Além”, de Bob Toben e Fred Alan Wolf. É um livrinho didático sobre física quântica!
Este “cruzamento harmônico de fases dos movimentos de universos indefinidos” é a minha atual feliz realidade!
O que acontece ultimamente é uma aproximação da “realidade” daqui de dentro do blog com a “realidade” lá de fora. Por isso estou passando mais tempo “lá fora”. Pois “lá fora” tornou-se um lugar mais propício para minha flora semântica! O brilho do sol que as folhas do meu bonsai tem tomado agora não é mais apenas emitido por pixels emitindo luz em RGB!
…mas também não é o brilho do sol, “nesta realidade externa”, necessariamente, emitido por raios solares. Assim como a chuva, “nesta realidade externa”, não é, necessariamente, composta por água, e a neve da mesma forma. Justamente por este “cruzamento harmônico de fases dos movimentos de universos indefinidos”, é possível “contaminar” as duas realidades para que seja possível habitá-las simultaneamente.
A realidade do blog penetra a “realidade externa” e vice-versa, como uma gigantesca bola luminosa amarela, nascendo por de trás de um céu feito por enormes tiras de tecido e linha… e um teto, que só existe na “realidade externa” com a justificativa de que estas “tiras de céu” possam ser penduradas nele.
terça-feira, 29 de maio de 2007
O pH do substrato.
O processo da gênese de um tema ou assunto para meu blog tem sido cada vez mais curioso. Noto que isso ocorre das mais diversas formas: às vezes por meio da motivação mais efêmera, às vezes por um sentimento como a frustração e às vezes por um simples desejo de semear idéias e ver se delas pode surgir algo que mereça, posteriormente, habitar minha memória.
Escrever neste blog tem sido como cultivar espécies de plantas bizarras numa estufa de vidro cristalino... em plena Avenida Paulista. Convidados a ver, a entrar e a sentir, os leitores encontram plantas grandes e pequenas, coloridas ou opacas, cheirosas ou não... com frutos doces e amargos.
Os leitores e voyeurs que passam por aqui já devem saber que sou responsável por um bonsai que me acompanha desde que nasci. Por isso, antes de iniciar este texto, resolvi tirar uma duvida cuja resposta poderia fornecer um rico material metafórico para futuras postagens: Qual é o pH do solo de um bonsai?
A resposta que consegui me mostrou algumas coisas:
1- O “solo” do bonsai, na verdade, chama-se “substrato”.
2- O pH ideal do “substrato” varia conforme o tipo de folhas que o bonsai produz: grandes ou pequenas.
3- Um método prático para se determinar o pH do solo é a observação através do tamanho das folhas: folhas maiores, pH mais ácido; folhas menores, pH mais alcalino.
Verificando o significado da palavra “substrato”, descobri o seguinte:
“Na indústria gráfica, substrato é todo suporte que irá receber a impressão. Substrato, em ecologia, refere-se à superfície, sedimento, base, meio ou ainda qualquer superfície que possa servir de suporte a organismos vivos.”
Pois então é isso!!! O blog é o espaço visual...gráfico...onde isso pode ocorrer. Mas é também a superfície imaginária...o solo sintático ocupado por esta flora semântica!
“Qual é o pH do solo de um bonsai?” Uma pergunta fútil, mas juro que é uma preocupação genuína! Eu achei que o substrato estava ácido demais. E achei que isso não estava fazendo muito bem para meu bonsai.
Meu bonsai tem folhas pequenas... Prefiro as folhas pequenas...sutis.
Logo, descobri hoje que meu bonsai precisa de um substrato com um pH que não fosse ácido. A única maneira de cuidar bem dele seria retirando a acidez do substrato.
Neste final de semana, descobri uma ótima maneira de fazer isso:
Basta colocar um pouquinho de açúcar, ou canela. Mas a canela é muito melhor, pois tem um aroma especial...muito especial!!!
Com o pH do substrato do meu bonsai equilibrado, ele já está com as folhinhas muito mais verdinhas!!!
Escrever neste blog tem sido como cultivar espécies de plantas bizarras numa estufa de vidro cristalino... em plena Avenida Paulista. Convidados a ver, a entrar e a sentir, os leitores encontram plantas grandes e pequenas, coloridas ou opacas, cheirosas ou não... com frutos doces e amargos.
Os leitores e voyeurs que passam por aqui já devem saber que sou responsável por um bonsai que me acompanha desde que nasci. Por isso, antes de iniciar este texto, resolvi tirar uma duvida cuja resposta poderia fornecer um rico material metafórico para futuras postagens: Qual é o pH do solo de um bonsai?
A resposta que consegui me mostrou algumas coisas:
1- O “solo” do bonsai, na verdade, chama-se “substrato”.
2- O pH ideal do “substrato” varia conforme o tipo de folhas que o bonsai produz: grandes ou pequenas.
3- Um método prático para se determinar o pH do solo é a observação através do tamanho das folhas: folhas maiores, pH mais ácido; folhas menores, pH mais alcalino.
Verificando o significado da palavra “substrato”, descobri o seguinte:
“Na indústria gráfica, substrato é todo suporte que irá receber a impressão. Substrato, em ecologia, refere-se à superfície, sedimento, base, meio ou ainda qualquer superfície que possa servir de suporte a organismos vivos.”
Pois então é isso!!! O blog é o espaço visual...gráfico...onde isso pode ocorrer. Mas é também a superfície imaginária...o solo sintático ocupado por esta flora semântica!
“Qual é o pH do solo de um bonsai?” Uma pergunta fútil, mas juro que é uma preocupação genuína! Eu achei que o substrato estava ácido demais. E achei que isso não estava fazendo muito bem para meu bonsai.
Meu bonsai tem folhas pequenas... Prefiro as folhas pequenas...sutis.
Logo, descobri hoje que meu bonsai precisa de um substrato com um pH que não fosse ácido. A única maneira de cuidar bem dele seria retirando a acidez do substrato.
Neste final de semana, descobri uma ótima maneira de fazer isso:
Basta colocar um pouquinho de açúcar, ou canela. Mas a canela é muito melhor, pois tem um aroma especial...muito especial!!!
Com o pH do substrato do meu bonsai equilibrado, ele já está com as folhinhas muito mais verdinhas!!!
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Cadê meu Mojo?
Descobri que, apesar de sempre ter tocado blues desde que dei minha cara pra bater nos palcos, não sirvo pra tocar quando estou triste. Tudo soa artificial quando estou triste. Não é uma simples questão de estudar mais ou estudar menos. É uma questão de parecer estar sem meu catalisador musical funcionando.
"Um catalisador é uma substância que afeta a velocidade de uma reação, mas, no processo, emerge inalterada. Um catalisador normalmente muda a velocidade de reação, promovendo um caminho molecular diferente (mecanismo) para a reação". - Wikipedia
Humm....acho que serve a metáfora.
Já que estamos falando de música, tristeza e catalisadores, nada mais me vêm à cabeça além da palavra "MOJO".
Mojo é um pequeno saco, um tipo de amuleto, na maioria das vezes de flanela vermelha, amarrado com um cordão. Contém folhas, ramos, pedaços de animais ou insetos, pedras, desejos escritos num papel, e coisas do tipo. Este pequeno saco é usado sob a roupa. Carrega-se um mojo por seus poderes sobrenaturais: por proteger contra o mal, atrair o amor, aumentar a libido, virilidade, trazer sorte ou dinheiro.
A amarração do pequeno saco é fundamental, pois mantém dentro dele o espírito ao qual se solicita o beneficio. Uma vez preparado e amarrado, o mojo deve ser “alimentado” para que se mantenha em funcionamento. Isso é geralmente feito com um líquido que é espirrado no pequeno saco. Pode ser um perfume, ou um óleo suave.
Os Mojos são tema de diversas letras do blues. Basta lembrar de “I Got My Mojo Working”, que virou um “hit” na voz de Muddy Waters. Outra menção mais discreta é “Somebody Stole My Thunder” (sugiro a versão cantada pelo Georgie Fame), em que a palavra “thunder” pode assumir metaforicamente a função da virilidade proporcionada pelo mojo. Se numa música, o narrador está se gabando de seu mojo, na outra o mojo foi roubado.
Pois então...já desconfiava que eu precisava mesmo espirrar um perfume no meu mojo...
...mas procurei ele aqui em casa depois de janeiro...e acho que alguém pegou. Não encontro!!! Sem meu mojo é muito mais difícil tocar. Sem ele tudo é mais difícil.
Acho que a pessoa que achou deve ter escondido bem escondidinho mesmo. Quem sabe debaixo da terra...dentro de um vasinho...onde cresce um a árvore em miniatura.
"Um catalisador é uma substância que afeta a velocidade de uma reação, mas, no processo, emerge inalterada. Um catalisador normalmente muda a velocidade de reação, promovendo um caminho molecular diferente (mecanismo) para a reação". - Wikipedia
Humm....acho que serve a metáfora.
Já que estamos falando de música, tristeza e catalisadores, nada mais me vêm à cabeça além da palavra "MOJO".
Mojo é um pequeno saco, um tipo de amuleto, na maioria das vezes de flanela vermelha, amarrado com um cordão. Contém folhas, ramos, pedaços de animais ou insetos, pedras, desejos escritos num papel, e coisas do tipo. Este pequeno saco é usado sob a roupa. Carrega-se um mojo por seus poderes sobrenaturais: por proteger contra o mal, atrair o amor, aumentar a libido, virilidade, trazer sorte ou dinheiro.
A amarração do pequeno saco é fundamental, pois mantém dentro dele o espírito ao qual se solicita o beneficio. Uma vez preparado e amarrado, o mojo deve ser “alimentado” para que se mantenha em funcionamento. Isso é geralmente feito com um líquido que é espirrado no pequeno saco. Pode ser um perfume, ou um óleo suave.
Os Mojos são tema de diversas letras do blues. Basta lembrar de “I Got My Mojo Working”, que virou um “hit” na voz de Muddy Waters. Outra menção mais discreta é “Somebody Stole My Thunder” (sugiro a versão cantada pelo Georgie Fame), em que a palavra “thunder” pode assumir metaforicamente a função da virilidade proporcionada pelo mojo. Se numa música, o narrador está se gabando de seu mojo, na outra o mojo foi roubado.
Pois então...já desconfiava que eu precisava mesmo espirrar um perfume no meu mojo...
...mas procurei ele aqui em casa depois de janeiro...e acho que alguém pegou. Não encontro!!! Sem meu mojo é muito mais difícil tocar. Sem ele tudo é mais difícil.
Acho que a pessoa que achou deve ter escondido bem escondidinho mesmo. Quem sabe debaixo da terra...dentro de um vasinho...onde cresce um a árvore em miniatura.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Sobre as diferenças.
As diferenças são motivações para que o conhecimento encurte a distância entre as pessoas.
terça-feira, 15 de maio de 2007
Se não der vertigem, não tem graça!
Gelatina sabor Lichia...
...eis minha mais nova descoberta!!!
Não...sério!!! Recomendo de verdade!!! Tem gosto de lichia de verdade, mas é gelatina!!! Tem a cor daquele Guaraná Jesus que vende no Maranhão. Não sei se tem no Pão de Açúcar, ou se é fácil de achar por aí... Mas é algo sublime, doce e delicado...posso até arriscar dizer que, metaforicamente, quase mata a saudade das "preliminares"!!! - HAHHAHA...Pode rir alto nesta sala?
Pois é... Se não der vertigem, não tem graça!
...eis minha mais nova descoberta!!!
Não...sério!!! Recomendo de verdade!!! Tem gosto de lichia de verdade, mas é gelatina!!! Tem a cor daquele Guaraná Jesus que vende no Maranhão. Não sei se tem no Pão de Açúcar, ou se é fácil de achar por aí... Mas é algo sublime, doce e delicado...posso até arriscar dizer que, metaforicamente, quase mata a saudade das "preliminares"!!! - HAHHAHA...Pode rir alto nesta sala?
Pois é... Se não der vertigem, não tem graça!
terça-feira, 8 de maio de 2007
Cereja no topo do Sundae de Cevada, à 1h26 da manhã.
Roubado do perfil da dona da comunidade do Krzysztof Kieslowski no Orkut:
"O tempo não pára!
A saudade é que faz as coisas pararem no tempo..."
M. Quintana
"O tempo não pára!
A saudade é que faz as coisas pararem no tempo..."
M. Quintana
sexta-feira, 4 de maio de 2007
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Cereja no topo do Sundae de Cevada, às 2h45 da manhã.
"It’s so easy to laugh
It’s so easy to hate
It takes guts to be gentle and kind"
(É tão fácil rir
É tão fácil odiar
É preciso ter culhões para ser gentil e carinhoso)
Da letra de "I Know It’s Over" da banda Smiths.
It’s so easy to hate
It takes guts to be gentle and kind"
(É tão fácil rir
É tão fácil odiar
É preciso ter culhões para ser gentil e carinhoso)
Da letra de "I Know It’s Over" da banda Smiths.
Voltar quase sempre é partir para um outro lugar.
Hoje voltei....
Algumas pessoas que acompanham o blog (salve!) me cobraram que não tenho escrito aqui ultimamente. Geralmente, preciso de um bom motivo: uma inspiração ou uma indignação....o que não é nada muito original, convenhamos...mas nada que me envergonhe.
Pois bem...
...voltei a escrever no blog, pois hoje também voltei a um lugar que um dia já me trouxe a ilusão do conforto e do aconchego.
O retorno é sempre algo diferente. O olhar é diferente. Os cheiros, as texturas, os gostos são os mesmos, mas o olhar é diferente. O olhar, como todo sentido, seduz. E o fato de ele poder mudar (que bom!!!) resolve muita coisa. Os sentidos são traiçoeiros por natureza. Os cheiros, as texturas e os gostos fazem com que algo tente nos convencer de que ainda podemos nos entregar às mesmas tentações, que ainda podemos nos entregar a certos prazeres libidinosos, ou nos alimentar do gosto que as lembranças deles deixaram nas “papilas gustativas de nossa memória”.
Mas, sagrado seja o momento em que cai o véu das tolices, da embriagues e da sedução da noite. Não que a noite e a boemia tragam sempre algo de ruim em sua efemeridade, pois o que há de efêmero na vida tem sempre seu valor justificado pelo caráter de experiência insubstituível...pelo seu caráter finito. A noite, os acasos...hoje reverencio a todos.
O quero dizer é que alguns momentos, cuja beleza está na própria espontaneidade, se empobrecem quando um “sistema de funcionamento" é revelado. As situações tornam-se previsíveis e os momentos mais belos tornam-se tolos como um pôr-do-sol de cinco horas de duração: o que havia de poético é banalizado pela insistência e sua beleza é diluída e banalizada pela sua previsibilidade.
Voltei. E desta volta tirei a lição de que o melhor que fiz foi ter partido. Voltar quase sempre é partir para um outro lugar.
"Quanto me andei
Talvez pra encontrar
Pedaços de mim pelo mundo
Que dura ilusão
Só me desencontrei
Sem me achar
Aí eu voltei
Voltar quase sempre é partir
Para um outro lugar"
- Paulinho da Viola.
Paulinho da Viola está certo, e certo estão todos os insatisfeitos!
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Tenho convivido com a noite.
Tenho convivido com a noite.
Saí a caminhar na chuva – e voltei na chuva.
Caminhei além da mais longínqua luz da cidade.
Percorri com o olhar a mais triste viela.
Cruzei com o vigia na sua ronda.
E baixei os olhos, sem querer explicar.
Fiquei imóvel e fiz cessar o ruído dos pés
Quando ao longe um grito entrecortado
Soou por sobre o casario de outra rua,
Mas não era para me chamar , nem para dizer adeus;
E, mais além ainda, numa altura sobrenatural,
Contra o céu um relógio radioso
Proclamava que a hora não estava errada, nem certa.
Tenho convivido com a noite.
“Convivência com a Noite”, Robert Frost.
Saí a caminhar na chuva – e voltei na chuva.
Caminhei além da mais longínqua luz da cidade.
Percorri com o olhar a mais triste viela.
Cruzei com o vigia na sua ronda.
E baixei os olhos, sem querer explicar.
Fiquei imóvel e fiz cessar o ruído dos pés
Quando ao longe um grito entrecortado
Soou por sobre o casario de outra rua,
Mas não era para me chamar , nem para dizer adeus;
E, mais além ainda, numa altura sobrenatural,
Contra o céu um relógio radioso
Proclamava que a hora não estava errada, nem certa.
Tenho convivido com a noite.
“Convivência com a Noite”, Robert Frost.
"Momento bar do Zé" - parte 2
sábado, 14 de abril de 2007
Mulheres e Esfinges (de Édipo)
Algumas mulheres ("algumas" é em respeito a grandes amigas que tenho) se comportam muito como a Esfinge de Édipo.
Mas uma pequena variação muito irritante também pode ocorrer...
Enquanto algumas mulheres dizem:
"Decifra-me, ou te devoro".
Outras dizem:
"Decifra-me, e te devoro".
Acho a primeira versão muito mais justa!
Aceitar um enigma é mais do que provar sua capacidade: é considerar a possibilidade de errar, e assumir sua própria ignorância.
Aceitar "desvendar alguém" é uma entrega! ...uma entrega assumida em função da questão oferecida pelo outro.
Quando alguém se motiva a se entregar à saga pela compreensão de um enigma pessoal, isso passa a colocar uma responsabilidade enorme na mão das Esfinges! A Esfinge é responsavel pelo destino de quem aceita entregar-se aos seus enigmas.
Algumas pessoas sabem lidar com essa responsabilidade...
...outras não.
E isso pode doer mais do que qualquer presa penetrando nossa carne!
Mas uma pequena variação muito irritante também pode ocorrer...
Enquanto algumas mulheres dizem:
"Decifra-me, ou te devoro".
Outras dizem:
"Decifra-me, e te devoro".
Acho a primeira versão muito mais justa!
Aceitar um enigma é mais do que provar sua capacidade: é considerar a possibilidade de errar, e assumir sua própria ignorância.
Aceitar "desvendar alguém" é uma entrega! ...uma entrega assumida em função da questão oferecida pelo outro.
Quando alguém se motiva a se entregar à saga pela compreensão de um enigma pessoal, isso passa a colocar uma responsabilidade enorme na mão das Esfinges! A Esfinge é responsavel pelo destino de quem aceita entregar-se aos seus enigmas.
Algumas pessoas sabem lidar com essa responsabilidade...
...outras não.
E isso pode doer mais do que qualquer presa penetrando nossa carne!
sexta-feira, 13 de abril de 2007
terça-feira, 10 de abril de 2007
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Brinde bacana para leitores(as) descolados(as)!
Faça o seu próprio porta-retrato do Werner Herzog!
1. Passe seu mouse por cima de uma colina no meio da selva. Clique no pé descalço do Herzog para abrir a imagem em alta resolução.
2. Como a imagem está em alta resolução, pegue uma escada! Clique com o botão direito sobre a mão do Herzog e "Aguirre"-a com força para salvá-la no seu computador.
3. Uma vez salva, ela poderá ser impressa no tamanho de 10x15, sem perder a qualidade...não amplie mais do que isso se não quiser que uma Cobra Verde venha te morder!
1. Passe seu mouse por cima de uma colina no meio da selva. Clique no pé descalço do Herzog para abrir a imagem em alta resolução.
2. Como a imagem está em alta resolução, pegue uma escada! Clique com o botão direito sobre a mão do Herzog e "Aguirre"-a com força para salvá-la no seu computador.
3. Uma vez salva, ela poderá ser impressa no tamanho de 10x15, sem perder a qualidade...não amplie mais do que isso se não quiser que uma Cobra Verde venha te morder!
The Odradek Master
sábado, 31 de março de 2007
A sobrinha viking no "Reino dos Homens Cabeludos".
Minha sobrinha tem me visitado aos fins-de-semana. Eu sou, além de tio, o padrinho dela...o que me deixa muito orgulhoso!!! Por isso ela me chama de "Tio Padrinho"!!! Desde sempre...que figura!
Para quem não se lembra, ela é a responsável pelo magnífico post sobre "O mundo é cheio de coisas maravilhosas".
Hoje, dormindo até tarde depois de mais uma noite no Bar do Zé, eu escuto um barulinho por debaixo da porta: um papel estava sendo delicadamente deslizado por debaixo dela.
Quando abri, tinha um recado pra eu acordar logo (pra ir brincar com ela) - HAHAHAHAH...e o desenho abaixo:
Clique na imagem para ampliá-la.
O que me chamou a atenção é que eu tenho cabelos compridos, assim como meu irmão, mas aparece também um "amigo (genérico) do Tio Padrinho". Esse "amigo genérico" também é cabeludo. Como deve ser legal você incorporar no seu imaginário, no seu repertório imagético, a idéia de que a figura masculina é de alguém de cabelos compridos!!!
Pra comemorar isso, vou realizar um ato inevitável:
She asks me why
I'm just a hairy guy
I'm hairy noon and night
Hair that's a fright
I'm hairy high and low
Don't ask me why
Don't know
It's not for lack of break
Like the Grateful Dead
Darling
Gimme head with hair
Long beautiful hair
Shining, gleaming,
Streaming, flaxen, waxen
Give me down to there hair
Shoulder length or longer
Here baby, there mama
Everywhere daddy daddy
Hair, hair, hair, hair, hair, hair, hair
Flow it, show it
Long as God can grow it
My hair
Let it fly in the breeze
And get caught in the trees
Give a home to the fleas in my hair
A home for fleas
A hive for bees
A nest for birds
There ain't no words
For the beauty, the splendor, the wonder
Of my...
Hair, hair, hair, hair, hair, hair, hair
Flow it, show it
Long as God can grow it
My hair
I want it long, straight, curly, fuzzy
Snaggy, shaggy, ratty, matty
Oily, greasy, fleecy
Shining, gleaming, streaming
Flaxen, waxen
Knotted, polka-dotted
Twisted, beaded, braided
Powdered, flowered, and confettied
Bangled, tangled, spangled, and spaghettied!
Oh say can you see
My eyes if you can
Then my hair's too short
Down to here
Down to there
Down to where
It stops by itself
They'll be ga ga at the go go
When they see me in my toga
My toga made of blond
Brilliantined
Biblical hair
My hair like Jesus wore it
Hallelujah I adore it
Hallelujah Mary loved her son
Why don't my mother love me?
Hair, hair, hair, hair, hair, hair, hair
Flow it, show it
Long as God can grow it
My hair, hair, hair, hair, hair, hair, hair
Flow it, show it
Long as God can grow it
My hair
Para quem não se lembra, ela é a responsável pelo magnífico post sobre "O mundo é cheio de coisas maravilhosas".
Hoje, dormindo até tarde depois de mais uma noite no Bar do Zé, eu escuto um barulinho por debaixo da porta: um papel estava sendo delicadamente deslizado por debaixo dela.
Quando abri, tinha um recado pra eu acordar logo (pra ir brincar com ela) - HAHAHAHAH...e o desenho abaixo:
Clique na imagem para ampliá-la.
O que me chamou a atenção é que eu tenho cabelos compridos, assim como meu irmão, mas aparece também um "amigo (genérico) do Tio Padrinho". Esse "amigo genérico" também é cabeludo. Como deve ser legal você incorporar no seu imaginário, no seu repertório imagético, a idéia de que a figura masculina é de alguém de cabelos compridos!!!
Pra comemorar isso, vou realizar um ato inevitável:
She asks me why
I'm just a hairy guy
I'm hairy noon and night
Hair that's a fright
I'm hairy high and low
Don't ask me why
Don't know
It's not for lack of break
Like the Grateful Dead
Darling
Gimme head with hair
Long beautiful hair
Shining, gleaming,
Streaming, flaxen, waxen
Give me down to there hair
Shoulder length or longer
Here baby, there mama
Everywhere daddy daddy
Hair, hair, hair, hair, hair, hair, hair
Flow it, show it
Long as God can grow it
My hair
Let it fly in the breeze
And get caught in the trees
Give a home to the fleas in my hair
A home for fleas
A hive for bees
A nest for birds
There ain't no words
For the beauty, the splendor, the wonder
Of my...
Hair, hair, hair, hair, hair, hair, hair
Flow it, show it
Long as God can grow it
My hair
I want it long, straight, curly, fuzzy
Snaggy, shaggy, ratty, matty
Oily, greasy, fleecy
Shining, gleaming, streaming
Flaxen, waxen
Knotted, polka-dotted
Twisted, beaded, braided
Powdered, flowered, and confettied
Bangled, tangled, spangled, and spaghettied!
Oh say can you see
My eyes if you can
Then my hair's too short
Down to here
Down to there
Down to where
It stops by itself
They'll be ga ga at the go go
When they see me in my toga
My toga made of blond
Brilliantined
Biblical hair
My hair like Jesus wore it
Hallelujah I adore it
Hallelujah Mary loved her son
Why don't my mother love me?
Hair, hair, hair, hair, hair, hair, hair
Flow it, show it
Long as God can grow it
My hair, hair, hair, hair, hair, hair, hair
Flow it, show it
Long as God can grow it
My hair
sexta-feira, 30 de março de 2007
O vazio-cheio da infância.
Me lembro que minha avó, mãe de meu pai, ficava preocupadíssima quando eu e meu irmão íamos brincar lá pra rua. E “pra rua” não queria dizer utilizar a rua para chegar a algum lugar, onde iriamos brincar. A rua, este espaço genérico, este meio, era o lugar de destino. Por mais que não nos distanciássemos muito de casa, esta incerteza de destino certamente fazia parte da brincadeira.
As ruas eram mais seguras naquele tempo, isso é certo, mas os perigos eram outros. Perigos muito mais “gostosos” do que estes perigos impostos de hoje em dia. Os perigos eram parte de um desafio proposto por nós mesmos. A opção de enfrentar estes perigos era, quase que exclusivamente, nossa.
O ambiente, o cenário desta aventura, como não tinha que deixar de ser, era meio vazio. No nosso bairro poucas casas tinham sido construídas quando meus pais se mudaram pra cá. Logo, os terrenos baldios eram nosso palco, nossa fonte de objetos fantásticos e nosso campo de batalha.
O terreno baldio, com aquele mato vasto, esconde coisas. Quando entrávamos num terreno baldio, exercitávamos o desafio ao medo do desconhecido, e nos surpreendíamos com os sustos e com os "tesouros de lixo e sucata" que nos esperavam por trás da grama alta.
Clique na foto para ampliá-la e ver o restaurante da Unicamp (Bandejão) ao fundo. Ele está quase 5 quarteirões distante de minha casa. Aquele morro que se vê no fim da rua é aquela subidona que hoje vai pra PUCC.
Brincávamos nos terrenos e víamos os terrenos se transformando em construções. As fundações das casas inacabadas eram um certo tipo de templo, misturado com esconderijo. Os tesouros recolhidos nos terrenos baldios eram muito bem guardados em cantinhos dessas construções, que naquela época, demoravam para ser concluídas. Mas também acho que a própria noção de que aquele “templo/esconderijo” um dia daria lugar a uma casa, agregava mais valor a tudo aquilo. Acho que isso se justifica por uma sabedoria que as crianças tem de manter sempre a efemeridade das brincadeiras…um dia aquela brincadeira acaba, e inventa-se outra.
Este é meu irmão. Notem a expressão compenetrada no rosto dele. Um profissional da brincadeira!!!
Lembrei-me agora de algo que só me dei conta recentemente. Essas casas eram construídas e o cimento era misturado na rua, próximo do que viria a ser o portão de entrada. Depois que essas casas são finalizadas, uma casca de cimento permanece grudada ao asfalto. Se o cimento, o concreto ali misturado é o elemento que liga e que une os elementos estruturais da casa, podemos dizer que temos aqui e acolá, nessas cascas de cimento seco, o umbigo das casas!
Nós, os “fiscais” fajutos daqueles templos fantásticos, hoje vemos aquele mesmo cimento de “nossas” construções, em seu aspecto bruto. Como um “fóssil de infância”.
Acho que os “troféus”, peças avulsas de jogos perdidos, tampas de garrafa e pedrinhas, são “fósseis de infância”.
Eu tenho me dedicado a resgatar e preservar certos objetos e lembranças. Tenho sido o curador de uma exposição arqueológica sobre o meu passado simbólico. Nas gavetas do meu quarto, em certas caixas e em certas prateleiras, estão expostos os meus troféus. Troféus de conquistas que só eu presenciei, e cujo prêmio só eu pude apreciar.
As ruas eram mais seguras naquele tempo, isso é certo, mas os perigos eram outros. Perigos muito mais “gostosos” do que estes perigos impostos de hoje em dia. Os perigos eram parte de um desafio proposto por nós mesmos. A opção de enfrentar estes perigos era, quase que exclusivamente, nossa.
O ambiente, o cenário desta aventura, como não tinha que deixar de ser, era meio vazio. No nosso bairro poucas casas tinham sido construídas quando meus pais se mudaram pra cá. Logo, os terrenos baldios eram nosso palco, nossa fonte de objetos fantásticos e nosso campo de batalha.
O terreno baldio, com aquele mato vasto, esconde coisas. Quando entrávamos num terreno baldio, exercitávamos o desafio ao medo do desconhecido, e nos surpreendíamos com os sustos e com os "tesouros de lixo e sucata" que nos esperavam por trás da grama alta.
Clique na foto para ampliá-la e ver o restaurante da Unicamp (Bandejão) ao fundo. Ele está quase 5 quarteirões distante de minha casa. Aquele morro que se vê no fim da rua é aquela subidona que hoje vai pra PUCC.
Brincávamos nos terrenos e víamos os terrenos se transformando em construções. As fundações das casas inacabadas eram um certo tipo de templo, misturado com esconderijo. Os tesouros recolhidos nos terrenos baldios eram muito bem guardados em cantinhos dessas construções, que naquela época, demoravam para ser concluídas. Mas também acho que a própria noção de que aquele “templo/esconderijo” um dia daria lugar a uma casa, agregava mais valor a tudo aquilo. Acho que isso se justifica por uma sabedoria que as crianças tem de manter sempre a efemeridade das brincadeiras…um dia aquela brincadeira acaba, e inventa-se outra.
Este é meu irmão. Notem a expressão compenetrada no rosto dele. Um profissional da brincadeira!!!
Lembrei-me agora de algo que só me dei conta recentemente. Essas casas eram construídas e o cimento era misturado na rua, próximo do que viria a ser o portão de entrada. Depois que essas casas são finalizadas, uma casca de cimento permanece grudada ao asfalto. Se o cimento, o concreto ali misturado é o elemento que liga e que une os elementos estruturais da casa, podemos dizer que temos aqui e acolá, nessas cascas de cimento seco, o umbigo das casas!
Nós, os “fiscais” fajutos daqueles templos fantásticos, hoje vemos aquele mesmo cimento de “nossas” construções, em seu aspecto bruto. Como um “fóssil de infância”.
Acho que os “troféus”, peças avulsas de jogos perdidos, tampas de garrafa e pedrinhas, são “fósseis de infância”.
Eu tenho me dedicado a resgatar e preservar certos objetos e lembranças. Tenho sido o curador de uma exposição arqueológica sobre o meu passado simbólico. Nas gavetas do meu quarto, em certas caixas e em certas prateleiras, estão expostos os meus troféus. Troféus de conquistas que só eu presenciei, e cujo prêmio só eu pude apreciar.
sábado, 24 de março de 2007
Laerte e o acaso.
O Laerte, como já falei antes, é meu cartunista preferido. Muitas vezes surrealista, o humor do trabalho do Laerte é refinado como um bom quadro de Magritte.
Hoje, cheguei de São Paulo, passei a vista no jornal e, por acaso, estava lá uma tirinha do Laerte sobre bonsai. Não podia ser mais oportuno!
Clique na tirinha para aumentar.
Este blog nasceu pela tomada de consciência de que certas coisas não devem ser contidas. Quando se desenvolve o hábito de contê-las, elas apenas diminuem a velocidade e a intensidade com que elas deveriam crescer...mas continuam crescendo. Achei poética a idéia de que um bonsai um dia estoure... Daí vem o subtítulo do blog: "A mais lenta das explosões".
Então fico muito, muito feliz com a coincidência de me deparar com esta tirinha do Laerte.
...mas ao invés de temer a repreensão e a punição por uma incontinência de meus "ramos e raízes", fico feliz de, aos poucos, estar vendo que o antigo vaso está começando a dar seus primeiros estalos...rumo ao rompimento.
Falei que vim de São Paulo. Ontem saí de noite num bar muito bacana... vi gente nova, ouvi música boa… E, neste lugar, experimentei uma nova sensação: o prazer do desprendimento. Dançando Soul e R&B de raiz a noite toda, por um momento, alcancei uma profunda felicidade...contando apenas com a companhia anônima de uma senhora quase cega e de uma sensual garota de cinta-liga.
Agora, com licença que vou trocar o vaso do meu bonsai.
Hoje, cheguei de São Paulo, passei a vista no jornal e, por acaso, estava lá uma tirinha do Laerte sobre bonsai. Não podia ser mais oportuno!
Clique na tirinha para aumentar.
Este blog nasceu pela tomada de consciência de que certas coisas não devem ser contidas. Quando se desenvolve o hábito de contê-las, elas apenas diminuem a velocidade e a intensidade com que elas deveriam crescer...mas continuam crescendo. Achei poética a idéia de que um bonsai um dia estoure... Daí vem o subtítulo do blog: "A mais lenta das explosões".
Então fico muito, muito feliz com a coincidência de me deparar com esta tirinha do Laerte.
...mas ao invés de temer a repreensão e a punição por uma incontinência de meus "ramos e raízes", fico feliz de, aos poucos, estar vendo que o antigo vaso está começando a dar seus primeiros estalos...rumo ao rompimento.
Falei que vim de São Paulo. Ontem saí de noite num bar muito bacana... vi gente nova, ouvi música boa… E, neste lugar, experimentei uma nova sensação: o prazer do desprendimento. Dançando Soul e R&B de raiz a noite toda, por um momento, alcancei uma profunda felicidade...contando apenas com a companhia anônima de uma senhora quase cega e de uma sensual garota de cinta-liga.
Agora, com licença que vou trocar o vaso do meu bonsai.
quarta-feira, 21 de março de 2007
domingo, 18 de março de 2007
Publicando o comentário da Dani:
A Dani é uma grande amiga minha...
...se eu colocar no papel uma linha do tempo, uma linha de "feitos e fatos", fica inquestionável a declaração de que ela é minha melhor amiga. Desfruto intensamente da convivência com ela e com o Slash...mais do que meu amigo, meu outro irmão.
Com maestria e precisão, a Dani fez um comentário sobre o "post" abaixo que merece ser publicado:
"...é por isso que é bom ser bonsai: em certo sentido a gente cresce, em outro, continuamos pequenininhos..."
Quando você está convencido que realmente ninguém está entendo nada que ocorre na tua vida, certas pessoas te provam o contrário.
Valeu Dani!
...se eu colocar no papel uma linha do tempo, uma linha de "feitos e fatos", fica inquestionável a declaração de que ela é minha melhor amiga. Desfruto intensamente da convivência com ela e com o Slash...mais do que meu amigo, meu outro irmão.
Com maestria e precisão, a Dani fez um comentário sobre o "post" abaixo que merece ser publicado:
"...é por isso que é bom ser bonsai: em certo sentido a gente cresce, em outro, continuamos pequenininhos..."
Quando você está convencido que realmente ninguém está entendo nada que ocorre na tua vida, certas pessoas te provam o contrário.
Valeu Dani!
Os adultos emburrecem e endurecem.
Enquanto a gente perde tempo com egoísmos e insatisfações, as crianças tem o dom de viver a vida como ela deveria ser vivida.
Depois de uma noite muito difícil, eu acordo e encontro este desenho da minha sobrinha no quadro de recados aqui de casa. Dá vontade de enfiar a cabeça num buraco...de vergonha...por não ser mais capaz de pensar isso sobre a vida.
quinta-feira, 15 de março de 2007
quarta-feira, 14 de março de 2007
Sobre eu e meu avô.
Clique na imagem para ampliá-la.
Eu tinha dois aninhos quando meu avô me mandou este cartão postal. Ele tinha um rancho em Corumbá. Meu avô sempre foi muito meu amigo, muito companheiro. Apesar da idade, e do jeito meio arredio com a "bagunça" da criançada, estou só agora vendo como eu me pareço com ele. Esta coisa prolixa de explicar tudo bem explicadinho, de ter tudo bem organizado na prateleira, de ter as coisas guardadas com etiquetinhas. Minha paixão por facas, trabalhos manuais, consertar as coisas quebradas...
terça-feira, 13 de março de 2007
Gosto dessa foto. Recortei-a do jornal faz muito tempo, e encontrei-a hoje. Gosto da maneira como este senhor (não me lembro o nome dele) olha para a moça (Denise Fraga). Acho que algumas mulheres possuem algo que nos fazem olhá-las desta maneira...não sei se isso é bom ou ruim, mas na maioria das vezes elas nem se dão conta.
Pra dar uma animada...
Pra dar uma animada, colocarei, sempre que valer a pena, uma tirinha de jornal. Essas aí embaixo são do Fernando Gonsales, criador do Niquel Nausea.
...mas confesso, desde já, minha enorme admiração pelo Laerte!
Divirtam-se!
...mas confesso, desde já, minha enorme admiração pelo Laerte!
Divirtam-se!
segunda-feira, 12 de março de 2007
domingo, 11 de março de 2007
Um bonsai é uma bomba-relógio adormecida.
Um bonsai é uma bomba-relógio adormecida: delicadeza na forma de um sofrimento hermético.
Quero aqui anunciar este blog (este vaso de vidro) aos que possam, acidentalmente, pousar sobre estes ramos e pequenos galhos, correndo o risco de ouvir o vaso se quebrando e observar a mais lenta das explosões.
Quero aqui anunciar este blog (este vaso de vidro) aos que possam, acidentalmente, pousar sobre estes ramos e pequenos galhos, correndo o risco de ouvir o vaso se quebrando e observar a mais lenta das explosões.
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