Tenho convivido com a noite.
Saí a caminhar na chuva – e voltei na chuva.
Caminhei além da mais longínqua luz da cidade.
Percorri com o olhar a mais triste viela.
Cruzei com o vigia na sua ronda.
E baixei os olhos, sem querer explicar.
Fiquei imóvel e fiz cessar o ruído dos pés
Quando ao longe um grito entrecortado
Soou por sobre o casario de outra rua,
Mas não era para me chamar , nem para dizer adeus;
E, mais além ainda, numa altura sobrenatural,
Contra o céu um relógio radioso
Proclamava que a hora não estava errada, nem certa.
Tenho convivido com a noite.
“Convivência com a Noite”, Robert Frost.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
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Um comentário:
Morri. Lindo de morrer.
beijos.
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