segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Kandinsky, e sua orquestra de cores.

Estudando pro Doutorado, eu me deparei com Kandinsky, intrigado sobre as analogias entre os espectros e tonalidades da cor, propondo uma tentativa de colocá-las numa ordem sistemática em relação aos espectros e tonalidades da música:

Amarelo: trompete
Laranja: viola
Vermelho: tuba
Violeta: fagote
Azul: violoncelo, contrabaixo, ou órgão
Verde: violinos

Minha moça e a moça de um grande amigo se queixam que colecionamos muitos instrumentos. Eu coleciono trompetes. O Chaplin (para íntimos) coleciona contrabaixos.

Estive conversando com o Chaplin sobre o timbre de nossos instrumentos. Existe um desejo do qual compartilhamos que é de, dentro das características do instrumento de cada um, possuir todos os timbres possíveis.

Num contrabaixo existem muitos fatores determinantes, como o material que compõe o corpo, os captadores, as cordas, os cabos o amplificador, pedais, etc…

Com os trompetes isso é um pouco mais simples. Basicamente, o timbre é determinado pelo comprimento e calibre do tubo, a variação ou não da angulação com que a espessura deste tubo se amplia da boca do músico até o local por onde sai o som, o tipo de metal utilizado e o formato do bocal.

Dados técnicos à parte, fico feliz que o Chaplin tenha já uma grande quantidade de azuis em sua paleta.

Os meus amarelos vão do tijolo quase avermelhado, passando pelo ocre, até o amarelo-vivo, mas faltam alguns tons ainda. É uma busca sem objetivos técnicos nem científicos. É uma investigação puramente estética.

Meu objetivo é fazer a carta de cores do amarelo em Si bemol. Os trompetes, trompetes de rotor, cornets, flugelhorns e kuhlohorns, ficarão ali, um ao lado do outro, esperando serem soprados para que suas tonalidades justifiquem seu lugar no espectro, ao lado de seu vizinho. Cada tom no seu lugar. Cada amarelo na sua hora.

Resta agora achar outras cores pra compor com os azuis do Chaplin.

Alguém aí quer montar uma banda?

3 comentários:

amalarico roderico disse...

e os pobrezinhos dos clarinetistas ficam aonde?

Fernando disse...

Toc toc toc... posso entrar só um pouquinho? Vim parar aqui por atalhos (blog da Juliana Palermo), atraído (não havia como não) pela puta sacada do nome do seu blog.Aí vi esse texto, e mais alguns, mas me fixei nesse por motivos óbvios: endosso e complemento o comentário já posto acima... Onde é que fica (violonista que sou) o violão nessa história?
Parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

Your blog keeps getting better and better! Your older articles are not as good as newer ones you have a lot more creativity and originality now keep it up!